Instituto de Pesquisa Bíblica
O Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia recebeu várias perguntas sobre a posição dos adventistas a respeito da marca da besta e sua relação com a observância do domingo, a condicionalidade da profecia bíblica e as declarações sobre esses temas nos escritos de Ellen G. White.
As perguntas a seguir resumem as principais preocupações que nos são colocadas, as quais foram respondidas brevemente.
1. Visto que nem o sábado nem o domingo são mencionados explicitamente no livro do Apocalipse, como pode a marca da besta implicar um dia de culto (adoração) ou uma lei que exija a observância do domingo?
A marca da besta é mencionada sete vezes no Apocalipse (13:16, 17; 14:9, 11; 16:2; 19:20; 20:4). Quatro dessas ocorrências aparecem na parte central do livro (cap. 12–14), que é introduzida por uma visão da arca do pacto que contém os dez mandamentos (Ap 11:19). O povo remanescente de Deus é identificado como aqueles que “guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (12:17). Imediatamente depois, João descreve duas bestas que perseguem a igreja de Deus: uma que sobe do mar (13:1) e outra que sobe da terra (13:11). A primeira besta ordena a adoração falsa e sua atividade perseguidora se assemelha à do “chifre pequeno” de Daniel 7, que “pretende mudar os tempos e a lei” (Dn 7:27) e persegue o povo de Deus durante 1.260 dias (Ap 13:4, 8). A conexão com a profecia de Daniel mostra que a falsa adoração envolve uma tentativa de mudar os “tempos” de Deus e a lei dos dez mandamentos. O único mandamento dos dez que faz referência ao tempo é o quarto, que assinala santificar o sétimo dia: o sábado. Historicamente, a tentativa de mudar o dia de adoração foi perpetrada pelo papado, o poder romano que venera o domingo como o dia de repouso ou adoração em lugar do sábado bíblico. O fato de que a segunda besta de Apocalipse 13, representando o protestantismo apóstata, exerce a mesma autoridade que a primeira besta (v. 12) e coopera com a primeira besta para impor a falsa adoração, mostra que o domingo será uma importante marca distintiva daqueles que adoram a besta e sua imagem. Isso está em claro contraste com o povo remanescente de Deus, que “guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (12:14). A obediência deste povo inclui a santidade pelo sétimo dia, já que prestam atenção ao chamado que assinala “adorar àquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas” (14:7, cf. Êx 20:11). Aqueles que pertencem a este grupo receberão o selo de Deus (Ap 7:4; 14:1) enquanto aqueles que rejeitam esse chamado, reverenciam o domingo como dia de repouso e aceitam a autoridade da besta, são descritos como parte da Babilônia; portanto, recebem a marca da besta (14:8-11). A prova final, então, será sobre a adoração verdadeira ou falsa. Uma adoração que esteja baseada na obediência à lei de Deus, o que inclui o sábado, ou uma onde se adore um dia estabelecido pelo homem: o domingo.
2. Qual é o número da besta e como ele se relaciona com a marca da besta?
Na Bíblia, o número da besta aparece em Apocalipse 13:17-18. Esse texto diz: “para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de ser humano [anthrōpou, ‘de um ser humano’]. E esse número é seiscentos e sessenta e seis”.
A Igreja Adventista não tem uma posição oficial sobre esse assunto, embora haja duas posições principais entre nós sobre o número da besta, o 666 em Apocalipse 13:17, 181. Alguns interpretam esse número como uma referência enigmática ao título papal em latim Vicarius Filii Dei, mas não somos informados de que 666 é a soma do resultado numérico das letras desse título. Outros o veem como um seis triplo, que indica uma trindade satânica. Alguns assinalam que a frase “é número de ser humano” (13:18) poderia ser traduzida como “é o número da humanidade”, ou seja, dos seres humanos afastados de Deus. Esse número, consequentemente, simbolizaria a intensa rebelião contra Deus e a total independência do ser humano. No texto em grego, entretanto, lê-se literalmente 600 + 60 + 6, não três seis ou um seis triplo. Ao reconhecer esse assunto, muitos adventistas continuam vinculando o número da besta com o título Vicarius Filii Dei, e pesquisas recentes proporcionaram uma boa evidência histórica para conectar o 666 com esse título papal e entendê-lo melhor do que era entendido antes. Em qualquer caso, há muitas evidências do texto e da história para identificar a primeira besta de Apocalipse 13 com o papado, independentemente de como o número 666 é concebido.
3. Na Bíblia, há profecias condicionais e incondicionais. Nesse contexto, como os escritos de Ellen White poderiam ser entendidos? Uma interpretação pode ser condicional se a profecia apocalíptica é incondicional?
As profecias clássicas do Antigo Testamento se concentram especialmente na época e no contexto histórico do profeta, embora também possam incluir uma perspectiva mais ampla e cósmica que se estende até o “dia do Senhor” do fim dos tempos (veja, por exemplo, Isaías 2:12; 13:9; Joel 2:21). As profecias clássicas, como estavam em um contexto de aliança entre Deus e Israel, contêm elementos condicionais cujo cumprimento dependia da resposta de Israel (ver Deuteronômio 28). Como os profetas canônicos, os testemunhos de Ellen G. White relacionados a indivíduos e instituições podem ter somente uma aplicação local e condicional, já que seu cumprimento dependia frequentemente da resposta ou decisão dos envolvidos. No entanto, como as Escrituras, os princípios subjacentes são de aplicação contínua. Por outro lado, as descrições de Ellen G. White sobre o fim dos tempos devem ser entendidas em um contexto escatológico fundamentado na profecia apocalíptica da Bíblia e nas visões que ela mesma recebeu de Deus. Essas mensagens proféticas explicam a profecia apocalíptica, que por sua própria natureza é incondicional e se concentra na resolução do grande conflito cósmico. Já que as mensagens proféticas de Ellen G. White refletem o contexto do fim dos tempos, e não o contexto local da época em que foram escritas, então elas devem ser entendidas como profecias incondicionais, como as profecias apocalípticas de Daniel e Apocalipse que fundamentam a perspectiva profética de Ellen G. White.
4. Com o passar do tempo, Ellen G. White mudou sua posição sobre o papado e o protestantismo em relação à marca da besta?
Não há nenhuma mudança real nas declarações de Ellen G. White sobre esse assunto. Para entender suas declarações posteriores, é útil observar as anteriores. A primeira declaração de Ellen G. White sobre os católicos e os protestantes como poderes perseguidores é de 1850. Com base em Apocalipse 13 e 17, o papado é descrito como “a mãe das prostitutas” e os protestantes como “suas filhas” e como “a besta com dois chifres”. Várias fases da perseguição são descritas: 1) o “dia… passado” do papado se refere aos 1.260 anos de supremacia papal quando ela perseguiu o povo de Deus; 2) os protestantes, em harmonia com a mensagem do segundo anjo (Ap 14:8), também começariam a persegui-los. É evidente que Ellen G. White não considerou a obra de perseguição papal como encerrado. Isso fica claro nos parágrafos seguintes, que indicam fases adicionais da perseguição: 3) as igrejas protestantes, juntamente com a Igreja Católica, viriam contra aqueles que “guardam o sábado e ignoram o domingo”, e 4) a Igreja Católica emprestaria sua influência aos protestantes nos Estados Unidos com o objetivo de destruir o povo de Deus.2 Claramente, de acordo com Ellen G. White, os católicos e os protestantes se unirão durante um período considerável de tempo para perseguir o povo de Deus.
A declaração a seguir sobre esse assunto, publicada em 1884, desenvolve a declaração inicial de 1850. Além disso, ela esclarece que o foco no passado com respeito ao tempo do papado é dado para mostrar que a mensagem do segundo anjo (“Caiu! Caiu a grande Babilônia”; Ap 14:8) se refere especificamente ao protestantismo apóstata: “A Palavra de Deus ensina que estas cenas [de perseguição durante o período de supremacia papal] devem repetir-se, quando os católicos romanos e protestantes se unirem para a exaltação do domingo”.3
Em conclusão, a posição de Ellen G. White a respeito do papado e da observância do domingo como dia de adoração permanece válida. As declarações posteriores, incluindo aquelas encontradas nas diversas edições de O Grande Conflito, são uma ampliação de sua primeira declaração e não uma mudança de posição. Por exemplo, em 1900, ela escreveu: “Quando vier a prova, será mostrado claramente o que é a marca da besta. Ela é a observância do domingo”.4
5. Os adventistas do sétimo dia continuam afirmando o cenário do tempo do fim encontrado nos escritos de Ellen G. White?
Em harmonia com a referência ao testemunho de Jesus atuando no final da história do mundo (Ap 12:17), os adventistas do sétimo dia reconhecem Ellen G. White como mensageira do Senhor e continuam afirmando que seus escritos foram dados à igreja remanescente como um guia inspirado para os últimos dias, e que eles são especialmente úteis no entendimento das profecias bíblicas relacionadas aos acontecimentos finais. Como se pode observar nas repostas às perguntas respondidas neste documento, cremos que as interpretações de Ellen G. White sobre as profecias são sólidas e continuam sendo relevantes e instrutivas para a igreja.
6. A interpretação adventista de Apocalipse 13 é anticatólica?
Ellen G. White reconhece que os filhos de Deus estão presentes em todas as denominações, incluindo a Igreja Católica. No parágrafo 4 do Manuscrito 14 de 1887, lê-se: “Não devemos criar preconceitos em suas mentes [dos católicos] desnecessariamente, fazendo campanha contra eles… Pelo que o Senhor me mostrou, sei que um grande número de católicos será salvo”.5 Em outro lugar, ela diz: “Entre os católicos há cristãos conscienciosos que andam na luz que brilha sobre eles, e Deus trabalhará em seu favor”.6 Com essas declarações, é evidente que Ellen G. White não era de forma alguma anticatólica. Da mesma forma, deve-se notar que ela se posicionou na mesma direção da Reforma Protestante. Ela considerava que o sistema doutrinal católico, como a missa e outros sacramentos, era incoerente com a fé de Cristo e o princípio da Sola Scriptura. Além disso, ela entendeu que a estrutura de autoridade da Igreja Católica se opõe diretamente à Bíblia e sua autoridade. Portanto, a interpretação de Ellen G. White sobre Apocalipse 13 é coerente com a teologia adventista e com a interpretação historicista das profecias de Daniel e Apocalipse.
7. Alguns conjeturaram que a Bíblia e Ellen G. White realmente não apoiam a interpretação adventista que assinala que a adoração no sábado frente à do domingo será um problema nos últimos tempos. Existem provas recentes que apoiam a interpretação adventista?
Em primeiro lugar, devemos ser muito cautelosos ao estudar as profecias bíblicas não cumpridas e devemos resistir à tentação de interpretar as Escrituras através da perspectiva das últimas manchetes da imprensa oral e escrita. Ao interpretar a Bíblia, devemos seguir princípios sólidos de interpretação bíblica e prestar atenção especial ao texto bíblico.7 A sugestão de que as cinco declarações de Ellen G. White não refletem a realidade da Igreja Católica depois do Concílio Vaticano II, ou seja, que essas declarações estavam condicionadas pelas circunstâncias do tempo de Ellen G. White e, portanto, não poderiam ser aplicadas a nosso contexto e situação atual, requer uma avaliação mais detalhada.
Embora o Concílio Vaticano II tenha proporcionado maior tolerância da Igreja Católica em relação a outros grupos religiosos,8 não houve nenhuma mudança na doutrina, incluindo a posição sobre a importância de santificar o domingo como dia de culto. Na verdade, a interpretação adventista das profecias de Daniel e Apocalipse, além das declarações de Ellen G. White sobre esse assunto, parece cada vez mais convincente. Por exemplo, o Papa João Paulo II, em sua carta apostólica Dies Domini, seção 67, afirma que “é natural que os cristãos procurem que, inclusive nas circunstâncias especiais de nosso tempo, a legislação civil leve em consideração seu dever de santificar o domingo”, e acrescenta que os cristãos se absterão “de trabalhos e negócios incompatíveis com a santificação do dia do Senhor”.9
Mais recentemente, o Papa Francisco afirmou o seguinte na seção 13 de sua carta encíclica Laudato Si’: “O desafio urgente de proteger nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar”. Esse desenvolvimento, de acordo com o Papa Francisco, inclui a restauração da vida espiritual tendo como centro a Eucaristia e o domingo como dia universal para descansar e, assim, experimentar essa restauração. A importância da santificação do domingo e a obrigação de participar da missa dominical também são destacadas no catecismo católico: “Todo o cristão deve evitar impor a outrem, sem necessidade, o que possa impedi-lo de guardar o Dia do Senhor. […] Não obstante as pressões de ordem econômica, os poderes públicos preocupar-se-ão em assegurar aos cidadãos um tempo destinado ao repouso e ao culto divino. Os patrões têm obrigação análoga para com os seus empregados” (seção 2187).10
O papel unificador do domingo também é reconhecido pelos líderes ortodoxos. Em uma edição da revista Sunday Magazine (2015), o reverendo ortodoxo Dr. Demetrio E. Tonias descreveu o “domingo como a marca da união cristã” (p. 6, 7). Portanto, não é de surpreender que os políticos promovam algumas dessas ideias e até mesmo tenham convocado a frequência obrigatória à igreja no domingo, além de promulgar leis dominicais mais rígidas. E isso não é feito apenas nos Estados Unidos. A poderosa Aliança Europeia para os Domingos está pressionando por leis dominicais mais duras nos países da União Europeia.11
Embora esses acontecimentos sejam sinais dos tempos do fim e mereçam nossa atenção cuidadosa, eles podem não ser o cumprimento do tempo do fim encontrado nas Escrituras e nos escritos de Ellen G. White. No entanto, eles certamente proporcionam uma estrutura na qual essas questões podem ocorrer com credibilidade em um tempo relativamente curto.
Conclusão
Como adventistas, nossa missão é pregar o evangelho eterno ao mundo, o qual se concentra no sacrifício único de Cristo na cruz, o dom gratuito de Sua justiça e Seu ministério de intercessão e de juízo no santuário celestial. Nossa tarefa especial nos últimos tempos se concentra na proclamação das três mensagens angélicas com o objetivo de preparar as pessoas para o breve retorno de Cristo. Uma parte essencial dessas mensagens é nossa compreensão profética dos acontecimentos dos últimos dias. Embora não devamos nos envolver em especulações que nos desviem dessa missão, os eventos atuais tendem a confirmar nosso entendimento. Estamos convencidos de que as mensagens proféticas de Deus, conforme reveladas na Bíblia e nos escritos de Ellen G. White, estão corretas e fornecem um cenário cada vez mais plausível à medida que nos aproximamos dos eventos finais que foram divinamente revelados, mesmo que não possamos determinar com precisão quando esses eventos ocorrerão. Nosso foco deve permanecer na missão da igreja, fortalecendo a família, envolvendo-nos na evangelização e refletindo Jesus em nossa vida.
À medida que as condições do mundo se desenvolvem e continuamos a estudar as profecias da Bíblia em busca de orientação, especialmente as de Daniel e Apocalipse, nosso entendimento dos eventos dos últimos dias se tornará mais claro. Os escritos de Ellen G. White também são um recurso importante que esclarece essas profecias.Para obter mais informações sobre esses e outros temas importantes, o leitor poderá achar útil a seção “Materials” (Materiais, em português) do site do Instituto de Pesquisa Bíblica: https://adventistbiblicalresearch.org
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1 Para uma análise detalhada do que significa o número 666, incluindo uma perspectiva bastante completa das diversas interpretações ao longo da história, ver Edwin de Kock, “The Number of the Beast”, en la Encyclopedia of Seventh-day Adventists, https://encyclopedia.adventist.org/article?id=5FP8 (consultado em 22 de maio de 2021). Muito do presente material foi extraído desse documento.
2 Ellen G. White, Manuscrito 15 de 1850, párr. 5-7.
3 Ellen G. White, O Grande Conflito (Doral, FL: APIA, 2007), p. 578. Veja também The Spirit of Prophecy, v. 4, p. 233, https://m.egwwritings.org/en/book/ 140.913#913 (consultado em 24 de junho de 2021), p. 396, https://m.egwwritings.org/en/book/140.1513#1513 (consultado em 24 de junho de 2021). Para uma explicação bíblica mais detalhada dessas afirmações, ver o “Apêndice”, n. 8 (ibid., 501-504), https://m.egwwritings.org/en/book/140.1968#1968 (consultado em 24 de junho de 2021).
4 Ellen G. White, Eventos Finais (Doral, FL: APIA, 2009), p. 189.
5 Cf. Ellen G. White, El evangelismo (Doral, FL: APIA, 1994), 418.
6 Ellen G. White, Testimonios para a Igreja (Doral, FL: APIA, 1998), v. 9, p. 243.
7 Veja Frank M. Hasel, ed., Biblical Hermeneutics: An Adventist Approach (Silver Spring, MD: Biblical Research Institute/Review & Herald Academic, 2020). A edição em espanhol deste livro será publicada no próximo ano pela Inter-American Division Publishing Association.
8 Para uma análise histórica e teológica cuidadosa e bem documentada da evolução recente da Igreja Católica Romana, consulte os dois artigos de Hans Heinz, “Roman Catholicism: Continuity and Change”, Reflections: The BRI Newsletter 59 (julho de 2017): 1-11; Hans Heinz, “The Roman Catholic Church – Continuity and Change: The Pontificate of John Paul II, Benedict XVI, and Francis”, Reflections: The BRI Newsletter 64 (Octubre, 2018): 1-7.
9 Veja https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/es/apost_letters/1998/documents/hf_jp-ii_apl_05071998_dies-domini.html (consultado em 22 de junho de 2021).
10 Catecismo da Igreja Católica, “Dia de graça e de descanso”, seção 2187. Veja também as seções 2176, 2177, 2182 y 2184. Disponível em https://www.vatican.va/archive/catechism_sp/p3s2c1a3_sp.html
11 http://www.europeansundayalliance.eu/site/home (consultado el 22 de junio de 2021). Segundo sua autodescrição, “a Aliança Europeia para os Domingos [o descanso dominical] é uma rede de organizações ‘ad hoc’, sindicatos, comunidades religiosas e associações civis empenhadas em difundir a sincronização do tempo livre como valor fundamental para a sociedade europeia. O domingo e, em geral, os horários de trabalho decentes, são o centro de nossas campanhas”. A Aliança Europeia para os Domingos está associada a cerca de 83 organizações de toda a Europa, bem como 25 organizações de apoio. Sobre a crescente influência do papado na Europa, consulte Giuliana Chamedes, A Twentieth-Century Crusade: The Vatican’s Battle to Remake Christian Europe (Cambridge, MA: Harvard University Press, 2019).